Acordou nhum nhum.
Ela gosta de fincar e comprimir a boceta em meu joelho, fazer jogo de
perna, manha. Mal dormi. Trégua o menino não deu. Remexeu, chorou,
aterrorizou, sem cerimônias. Osado. Compartilhou medo nem recalque.
Ela vem assim, toda
assim. Eu meio de lado, a perna bem esticada pra desgastar o
dengo seu da manhã. Ignoro no trejeito disfarçado, para o modo leve de
irritar. Não abro; olho algum. Ela na orelha, cheirinho e coxas,
espremendo. Um calor dos diabos empapando o pescoço.
Dormimos os três.
Dia após dia o
remoído de fazer menino dormir. Mas quando menos, corre pro
nosso quarto e se atreve. O trato é conformar menino e desconforto.
Perde-se sono e carneirinho em lição de crescer. O menino seduz,
dirige cada qual ao seu fraco. Ela já buchinho novo, não mantém
juízo. Deixa
a gente trançado, babando.
Vira e mexe: o
menino. Barriga, pinto, cabelo; tudo osso e quentinho. Tantas e
sempre dá; joelho com cabeça e o menino encolhido nas pernas. Num
rompante, guincho o garoto para a cama solteira. Ela nem
tchum, intacta.
Demorou. O menino de
volta enterra no meu sovaco. Sonambulindo, engravatei-o aos poucos. No que gemeu, ela murmurou qualquer letra. Olhei, por
dentro dos braços arrochados; choramingando baixinho, o menino. Não
afrouxo. Esperneia, nó cego trançado nas pernas. Tudo quietinho. Sem drama. Ãhn!
Ela, olhos-nos-olhos o menino. Ãhên!,
ficamos os três. No rame rame geme geme, perna com braço. Cotovelos e dentes roçando, escorrendo. Tremeliques. A cidade dos fantasmas.