sábado

PAU DE MIJO


Dormem os três. Cama de casal e outra solteira. Dormem embolados na maior. A mãezinha adora receber calor dos seus meninos. Durante a noite os pés-e-braços pelo corpo. O sovaco cheiroso e a mama escapando, o bico sobrando na camisola.

O menor dorme por cima, em franco deleite. O maior fica de fora, sustentando a independência, sofrido, por algum prestígio.

O bafo do quarto ainda guarda o pino da tarde. Todos suando desalinhos, às gotas, babando o travesseiro. Quando não, sopapo nos seios e um gemidinho agastado. A confiança e a necessidade chantageiam. Puída, a fantasia roça roça o peito do pé e os umbigos. O travesseiro verde-água com babado vinca os rostinhos perfilados.

Amanhecem no lençol lambendo nódoa de umbigo. Inalando hálito-de-sonho. Antes útero, agora manha de mamã.