sábado

PAI


A cabeça nos gomos dos infernos. Tiro e culatra. A medida do trabalho é a cobrança. Esse é o pai. Vai à frente. Abre caminho. Dá de mamar à realidade. 

Na madruga, escuta o nhunhun do filho no peitinho da mulher. E sabe sorrir.

A mais simbólica de todas as raízes. A menos. Tristeza estampada nos olhos. O mar imarcescível, tronco das vagas. Mais velho. Esse é o pai. 

Contínuo da casa, chefe de nadas. Servo da responsabilidade. Ordenha os dias em passar de olhos. Inverte os catetos, pula quadrados. 

Um olho no gato outro na sereia. A mulher?, uma delícia. A mãe. Colo largo, busto macio. Rostinho colado. Ronronar e cio.